Mas esse trio de reportagens, acredito, se ligam pela discussão da 'antropologia das coisas'.
Está em voga, como sabem, o renascimento de uma antropologia voltada ao patrimônio material. Eu mesmo estou andando por essa linha.
Na Folha de ontem (30.01.2012), havia uma micro-resenha do livro Design+Artesanato. O que achei interessante, é que o texto dizia que a autora do livro sugere que a 'revitalização' do artesanato brasileiro nos últimos anos foi possível graças ao estreitamento dos laços dos grupos produtores (artesãos) com designers. Estes últimos fizeram o "meio campo entre as comunidades e o mercado, contribuindo na comunicação e na gestão estratégica".
A crítica é essa, mas acho mais interessante ficarmos com a referência do livro:
DESIGN + ARTESANATO - O CAMINHO BRASILEIRO
AUTORA Adelia BorgesEDITORA Terceiro Nome
QUANTO R$ 80 (240 págs.)
AVALIAÇÃO ótimo
LANÇAMENTOS qui. (dia 2), das 19h30 às 22h
ONDE A Casa - Museu do Objeto Brasileiro (r. Cunha Gago, 807, Pinheiros, tel. 0/XX/11 3814-9711)
A segunda reportagem é aquela clássica da vida e história dos objetos. O repórter da New York Times Magazine acompanhou pessoas que se desfaziam de seus instrumentos Stardivarius e que percebiam que, suas próprias trajetórias como músicos, eram muito menores do que a trajetória do instrumento que um dia tinha lhes pertencido. Achei muito bonita.
Na íntegra (em inglês), aqui.
Para finalizar, uma reportagem que achei super interessante do Estadão (29.01.2012). Um policial aposentado, de 82 anos e que foi o responsável pela prisão do Bandido da Luz Vermelha, entre outros, é o curador do Museu do Crime, no centro de São Paulo. O museu reúne fotos e narrativas de casos da cidade de São Paulo como "esquartejamentos, estupros, parricídios e crimes cometidos por tarados e assassinos loucos desde o século passado". Deve ser pesado, mas também deve valer a pena uma visita.
Na reportagem não está o endereço do local, vou ver se encontro e coloco aqui.
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