sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

fotografar no desespero

Na coletânea das melhores fotos da Reuters 2010, uma particularmente me chamou atenção. Assunto para ser desenvolvido mais tarde:

a foto segue abaixo, com a descrição

a fonte está aqui


IVAN ALVARADO (March 1: Constitucion, Chile) “Take my picture with the dog,” the survivor tells me. I take it as if ordered to, and see that his face shows tremendous pain. “I lost my home, the sea took my son and my wife, and this is all that was left. I can’t leave the dog here. He was my son’s.” He pauses. “I found my wife (alive), but my boy is still missing.” Before he finishes speaking I lower my camera and cry. I walk together with him thinking what to say to lessen his suffering, but there is only silence. I never sent this poorly-focused photo of the earthquake survivor. The preconception of what makes a good photograph, the aesthetics, the layers of composition, and the sharpness or lack of it, all became reasons not to choose it. It was some time later when I realized that the sadness of the out-of-focus man with his pet is still transmitted as pain and devastation even through the picture’s technical defects, and banishes all the photographic concepts I hold true in my own little world. I blame Reason for overcoming Emotion. Technically the photograph isn’t good but, all modesty aside, I think it’s the best photo I took. Today, it’s clearer than ever to me that in editing a story we don’t always show all we’ve seen, and that we never stop learning in the process. I feel fortunate that this was the only person I encountered who had suffered a death first hand in Constitución. I like to believe that we never met again while roaming the same streets because he eventually found his son. The photo of the man with his dog was never sent to the news media, but nevertheless it is the earthquake image that remains engraved in my mind out of the 3,645 shutter clicks that my camera registered.” Canon EOS Mark IV, f2.8, 1/5 sec, ISO 2000

documentários vários

Especialmente essa metade de dia foi voltado a documentários

Primeiro porque acompanhei parte da Mostra de filmes etnográficos que fez parte do 1º Colóquio da Cátedra Roberto Cardoso no IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) - UNICAMP. Tenho reclamações. Não é porque eu falo português e quebro o galho no espanhol que eles podem passar filmes falados em espanhol, com som quase estourado, sem legendas. Ao final, cansei de entender só uma procentagem do conteúdo e não vi toda a programação. No entanto, há que se ressaltar a qualidade e relevância dos filmes passados, todos vinculados ao CIESAS - Cientro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social. São eles:

La Batalla de las cruces
Um documentário sobre uma série de assassinatos de mulheres na Ciudad Juárez (México), que expõe uma rede de relações perversa entre abusos sexuais à jovens seguidos de mortes, com o contexto da discriminação de gênero, exploração econômica, e corrupção governamental e policial.

Outros dois documentários, que são mais coleta de depoimentos:
Presencia de Jóvenes Indigenas en la Universidad (Mariano Báez Landa, um dos responsáveis)
e
Ba'ax Ka Wa'alik (idem)

Por último, o documentário Voces de la Chinantla. Que não vi inteiro pelas razões já expostas, mas que tem aparentemente na íntegra na internet, neste site aqui.

Depois, vim para o merecido descanso (?) na internet e me surpreendi pela reportagem da Carta Capital sobre a impossibilidade de um recente filme de Eduardo Coutinho sair para um público mais amplo (do que as 300 pessoas que estavam na sala de exibição na Mostra de Cinema de SP). 

Mas nem tudo é triste, descobri nesse pula pula internetal um blog interessantíssimo, que disponibiliza uma série de documentários online: DOCVERDADE . Vai para a listinha de blogs recomendados.. e um site português que ainda não desvendei o funcionamento: DOCSPT

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação



Dica de livro: LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/Arte, 2009. 

Ótima introdução aos que acabaram de se interessar pelo tema antropologia & arte, e querem ter uma visão geral sobre o assunto. A autora introduz alguns autores que contribuiram para esse ramo de estudo, puxando, é claro, para as contribuições de análise da arte indígena brasileira. Para isso, utiliza uma linguagem simples, ainda que densa, que pede a atenção constante do leitor. 

O que fica de impressão é que o livro pode ser muito bem utilizado nas práticas de ensino extra-universidade, como para jovens de ensino médio [diferentemente a última obra da autora, também sobre o tema: A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre)]. Tanto é, que ao final existem propostas de várias atividades que ajudam a compreender o ensaio teórico e sua mensagem/objetivo: “ensinar um modo de entender e olhar para as artes indígenas” (LAGROU, 2009, p. 09).

Fica a dica!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

é o seguinte...

o ótimo programa "Cultura Documentários" segue a linha bandida de não colocar em seu site a programação do mês inteiro de exibição. Então ficamos nós, usuários, que nem bobocas atualizando a página para ver se chegou coisa nova...E chegou!
Aí vai:


12 de novembro 
Até a lua
(John Curtin/2008/Canadá)
Esse filme oferece uma visão alegre, excêntrica de nosso relacionamento com nossa vizinha mais próxima e mais romântica no céu.Uma colisão interplanetária afastou a Terra da Lua há mais de quatro bilhões de anos. Nós nos unimos brevemente quando os astronautas pisaram na lua 40 anos atrás. Agora, em 2009, esse relacionamento reatou-se novamente.
Empresas particulares estão construindo foguetes para ir à Lua, a Nasa planeja um assentamento humano lá e cientistas dizem que a potência do solo lunar poderia resolver nossa crise de energia.
De Shakespeare às canções de amor populares, a lua influenciou profundamente nossa cultura. A ausência do luar condenou o Titanic, enquanto cidades inteiras foram destruídas na 2ª Guerra Mundial nas noites de luar. Hoje está de volta a arte antiga da jardinagem de acordo com as fases da lua, enquanto ainda se discute se a lua cheia induz todos os efeitos a ela atribuídos. 
11 de novembro 
De Mao a Mozart 
(Isaac Stern/1980/China)
Na entrega do Oscar a um clássico de todos os tempos, De Mao a Mozart, o violinista Isaac Stern diz “A melhor maneira de aprender a respeito de outra cultura é conhecer os profissionais de sua profissão”. E assim, em 1979, ele fez uma viagem à China, como hóspede oficial do governo, para dar concertos, viajar pelo interior e dizer “alô com música”. O cineasta Murray Lerner filmou essa viagem, conquistando o Oscar de Melhor Documentário de 1981.
Stern lembra vagamente Burt Lahr, o comediante conhecido para sempre como o Leão Covarde em O Mágico de Oz, um homem de rosto redondo, alegre com um sorriso generoso. O mais surpreendente é vê-lo agir com séria determinação. Quando Stern dá aulas aos jovens violinistas chineses e corrige a Orquestra Sinfônica de Pequim, desaparece a imagem gorducha do tio americano. Stern, agora um violinista legendário e considerado um dos mestres do violino do século 20, é um artista que leva sua arte muito a sério.
10 de novembro 
Testemunha imaginária
(Daniel Anker/2003/EUA)
Este documentário conta pela primeira vez a história fascinante do complexo da indústria cinematográfica americana e as reações contraditórias aos horrores da Alemanha nazista. Usando trechos cuidadosamente escolhidos e relatos originais de diretores, atores, escritores e produtores, este filme abrange as películas mais importantes de Hollywood que abordam a questão. “Testemunha Imaginária” nos leva a fazer uma jornada de 60 anos, da ambivalência da América e da negação durante o apogeu do nazismo, através do silêncio dos anos pós-guerra, até que finalmente os mais profundamente afetados pelos acontecimentos, os sobreviventes, começaram a falar e a comunidade artística de Hollywood reagiu com vários filmes fortes e comoventes como: A lista de Schindler e O pianista, atraindo milhões de espectadores no mundo inteiro.
Destinado a se tornar um clássico, este documentário faz perguntas difíceis: a respeito do relacionamento contrafeito entre a cultura popular americana e o Holocausto, a responsabilidade de cineastas ao reimaginar para a tela o mais terrível sofrimento humano em escala tão grande e o poder do próprio filme de dar forma e refletir a história e a memória.
Apresenta entrevistas francas com os diretores Steven Spielberg, Sidney Lumet (O homem do prego), Dan Curtis (Guerra e lembrança), Vincent Sherman (A voz da liberdade), o ator Rod Steiger em sua última entrevista fala de seu papel mais aclamado em O homem do prego, sobreviventes, incluindo o ator Robert Clary e o produtor Branko Lustig, o escritor/palestrista sobre o Holocausto Michael Berenbaum, o historiador Neal Gabler, a scholar Annette Insdorf. Além disso, trechos únicos de noticiários e de filmes, incluindo a A lista de Schindler, A escolha de Sofia, Confissões de um espião nazista, Tempestade mortal, O diário de Anne Frank, O pianista, versões para a TV e para o cinema de O julgamento de Nuremberg (a última com Spencer Tracy) e as minisséries para a TV Holocausto e Guerra e lembrança.

09 de novembro 
Bienal de São Paulo na Cultura
(Helio Goldsztejn/2010/Brasil) 
A 29ª Bienal abre o debate e discute o próprio evento no programa especial da TV Cultura que apresenta as principais obras que integram o maior evento de artes plásticas do país. Com direção geral de Helio Goldsztejn, roteiro e edição de Sonia Guimarães ,o documentário é conduzido por três artistas plásticos: Paulo Pasta e Luiz Hermano (ambos com experiência em Bienais passadas), e Rodolpho Parigi,um dos expoentes da nova geração.
Os três percorreram o pavilhão projetado por Oscar Niemeyer, comentando as principais criações exibidas nesta edição da mostra. Destaque para a bela e polêmica instalação "Bandeira Branca" de Nuno Ramos (que enfrentou protestos contra a utilização de três urubus vivos retirados por determinação do Ibama).

O programa mostra em detalhes a instalação que vem fazendo enorme sucesso sobretudo entre o público infantil: "A origem do terceiro mundo", de Henrique Oliveira. Paulista de Ourinhos, Henrique está se firmando no exigente cenário das artes plásticas pela habilidade incomum para manipular retalhos de madeira descartada. Nossos convidados fizeram questão de se demorar diante de uma das primeiras obras que o público vê ao ingressar no pavilhão: a série de pinturas "Matéria noturna", do paulistano Rodrigo Andrade. Numa edição com poucas pinturas, Rodrigo Andrade chama a atenção pelas telas densas de tinta (resultado de anos testando a superposição de camadas grossas de tinta, que resultam em relevos incriveis). Com depoimentos doa artistas plásticos Rodrigo Andrade, Nuno Ramos, Gil Vicente e Henrique Oliveira, dos curadores ca Bienal Agnaldo Farias e Moacir dos Santos, do presidente da Fundação Bienal Heitor Martins, do crítico Jorge Coli e opiniões do público visitante.

domingo, 7 de novembro de 2010

download de livros

Um compêndio de editoras que disponibilizam parte de seus títulos para download!

- Fundação Perseu Abramo: http://www.fpa.org.br/bibliotecadigital 
Entre os títulos disponíveis, obras de Maria da Conceição Tavares, Emir Sader, Octávio Ianni, Maria Rita Kehl, entre outros.

- Editora Cultura Acadêmica: http://www.culturaacademica.com.br/colecao_view.asp?ID=6
Uma iniciativa da UNESP, que coloca (acredito) que todos os seus lançamentos já para download

Disponibiliza todos os livros da editora que já estão esgotados.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

pra não perder


Cultura Documentários 


 
 
Com apresentação do jornalista Amir Labaki, fundador do mais expressivo festival do segmento, o programa Cultura Documentários exibe uma generosa lista de produções raras e inéditas. Os títulos são dos mais diversos, muitos deles premiados – no meio, tem vencedores de Emmy e de Oscar. Há preciosidades como Cartas ao presidente, Nota a nota: a fabricação do Steinway L 1037, Bukowski, Esquecimento e De Mao a Mozart. Os documentários são distribuídos em cinco grandes grupos, de acordo com o dia da semana: biografias, produções nacionais, artes, longas-metragens e sociedade. "É uma forma de localizar o espectador", esclarece Labaki.

Às terças-feiras a emissora exibe uma seleção de filmes nacionais que dialogam sobre a nossa cultura e representam uma amostra da diversidade nacional.

05 de novembro 
05 de novembro 
Plástico
(Ian Cinnacher/2008/Canadá) 
Plástico é uma jornada global perturbadora para investigar o que realmente sabemos a respeito do material de mil usos e por que este existe em tão grande quantidade. No percurso descobrimos o desperdício mundial e um legado tóxico, mas também encontramos os homens e as mulheres que se dedicam a removê-lo.  É um documentário a respeito de soluções para sua poluição. Foram três anos de filmagem em 12 países de 5 continentes, incluindo duas viagens ao meio do Oceano Pacífico onde o entulho plástico acumula. O filme delineia a trajetória do plástico nos últimos 100 anos e apresenta várias entrevistas com especialistas nas mais práticas e atuais soluções para reciclagem, toxicidade e biodegradabilidade. Essas soluções proporcionarão aos espectadores uma perspectiva promissora quanto ao nosso futuro com o plástico.
 
04 de novembro 
04 de novembro 
Além do jogo 
(Jos de Putter/2008/Países baixos)
Um olhar no mundo de um jogo online fascinante, incrivelmente popular no universo dos cybergames, o Warcraft, o "jogo de quem pensa". O filme acompanha os melhores jogadores do mundo na preparação para o Campeonato Mundial de Cybergames: Sky (chinês) e Grubby (holandês, o campeão mundial atual e o anterior. O filme retrata a vida desses dois jogadores a caminho de seu duelo final, como se fosse um faroeste supermoderno.
01 de novembro 
01 de novembro
Karsh: Fotografia e história 
(Joseph Hillel/2009/Canadá)
O filme ilustra os múltiplos significados que pessoas comuns, como também críticos, curadores e filósofos, atribuem a fotógrafos retratistas e através do prisma desses significados, retrata a carreira singular de Yousuf Karsh, o maior dos criadores de mitos. Karsh, um imigrante, foi um fotógrafo comercial que se tornou mundialmente famoso "Karsh de Ottawa". Desde muito cedo, seu status começou a alcançar tal aceitação universal que suas fotos elevavam os modelos ao Panteão da Hagiologia Secular. Ser "Karshed" era sinônimo de ter atingido o auge da realização mundana. Durante as seis décadas de sua carreira, os 15.312 retratos que fez constituem, sem dúvida alguma, a galeria de retratos das figuras mais famosas do século 20, o que o coloca entre os maiores fotógrafos desse século.